Ensaios: Experimentação e Exploração dos Patches concebidos em Max-MSP/Jitter para Eunice




A proposta para construir um espectáculo infantil, ou um espectáculo para crianças, surge como um desafio à capacidade de comunicação. Por um lado, há a ideia de que “às crianças não se lhes diz tudo”, mas por outro “é de pequenino que se torce o pepino”. Sabendo que a uma determinada idade corresponde uma fase de aprendizagem específica, há que adequar os conteúdos de um espectáculo ao universo (de imaginação) do grupo/público a que se destina. O que poderá suscitar interesse nesse público? Que lhes poderei dizer? Que lhes perguntaria? Quais são as suas dúvidas e os seus anseios?







Mais do que lhes contar uma história, gostaria de lhes abrir a possibilidade de a contarmos juntos. Ou não chegar a contar história nenhuma e a viver um momento de partilha e reflexão sobre o mundo que nos rodeia, utilizando signos que lhes são próximos, hoje. Uma reflexão sobre coisas que lhes dizem respeito e que me/nos foram importantes para crescer outrora, quando tínhamos a idade que têm eles agora.








A tecnologia, os computadores, a realidade virtual, os jogos e a Internet são ferramentas/brinquedos que todos utilizamos e constituem um foco de atracção para os mais pequenos (como para os graúdos).


O que planeio conceber neste espectáculo é uma plataforma de exploração de imagem, do texto e do jogo de comunicação que permita ao espectador/criança partilhar o momento de fazer. Entrar na sala de espectáculo não só para se sentar e assistir, mas para descobrir que poderá interagir com o que vai acontecendo de uma forma activa e ir descobrindo de que forma e até que ponto se pode chegar ao “outro lado”, percebendo que o que “acontece” tem dois lados e que todos podemos partilhar essa construção.



"...não olhe para trás menina...como quem quer entender..."





Nenhum comentário: