Eunice

Uma velha, quando tinha o tamanho de um grão-de-bico, procurava um tesouro escondido na areia da praia deixando atrás de si pegadas de menina…

A dançar pode-se viajar no tempo sem capacete e sem fato especial.
Pode uma velha ser igual a uma menina?





Cala-te, búzio!

Assim é Eunice, um espectáculo que começa numa idade já avançada e que acaba no princípio. Contém sacas plásticas verde esperança; cabelos brancos como papel para desenhar e rabiscar; um filme mudo; duas danças e uma árvore de raízes para o ar. Há ainda um momento em que se tem que gritar o nome… senão o tempo não anda.

não há agora tic nem tac que cale a voz das estrelas
um silêncio que só se ouve de olhos fechados


Direcção: António Júlio
Texto: Helena A. Silva
Interpretação: Anabela Sousa
Figurinos: Rute Moreda
Cenografia e Adereços: António Júlio, Rute Moreda
Concepção de Programa Interactivo: João Apolinário, Kátia Sá
Sonoplastia: João Apolinário
Voz-off: Joana Providência, António Júlio

Imagem e Fotografia: Kátia Sá
Design Gráfico: hicns

Produção Executiva: João Lemos

Produção: FCD / Teatro do Campo Alegre

queremos agradecer a todos os que nos acompanharam durante o processo e em especial a:

Susana Barros, Joana Providência, Portugal Telecom, Drª. Josefina Salvado, Engº. Beleza, Maria do Carmo, António A. Silva, Andrea Moisés, Cândido Duarte, Carlinha, Zé Pedro, Maria Providência e Sérgio Ivan.















EUNICE PROMO

EU...NICE












Ensaios: Experimentação e Exploração dos Patches concebidos em Max-MSP/Jitter para Eunice




A proposta para construir um espectáculo infantil, ou um espectáculo para crianças, surge como um desafio à capacidade de comunicação. Por um lado, há a ideia de que “às crianças não se lhes diz tudo”, mas por outro “é de pequenino que se torce o pepino”. Sabendo que a uma determinada idade corresponde uma fase de aprendizagem específica, há que adequar os conteúdos de um espectáculo ao universo (de imaginação) do grupo/público a que se destina. O que poderá suscitar interesse nesse público? Que lhes poderei dizer? Que lhes perguntaria? Quais são as suas dúvidas e os seus anseios?







Mais do que lhes contar uma história, gostaria de lhes abrir a possibilidade de a contarmos juntos. Ou não chegar a contar história nenhuma e a viver um momento de partilha e reflexão sobre o mundo que nos rodeia, utilizando signos que lhes são próximos, hoje. Uma reflexão sobre coisas que lhes dizem respeito e que me/nos foram importantes para crescer outrora, quando tínhamos a idade que têm eles agora.








A tecnologia, os computadores, a realidade virtual, os jogos e a Internet são ferramentas/brinquedos que todos utilizamos e constituem um foco de atracção para os mais pequenos (como para os graúdos).


O que planeio conceber neste espectáculo é uma plataforma de exploração de imagem, do texto e do jogo de comunicação que permita ao espectador/criança partilhar o momento de fazer. Entrar na sala de espectáculo não só para se sentar e assistir, mas para descobrir que poderá interagir com o que vai acontecendo de uma forma activa e ir descobrindo de que forma e até que ponto se pode chegar ao “outro lado”, percebendo que o que “acontece” tem dois lados e que todos podemos partilhar essa construção.



"...não olhe para trás menina...como quem quer entender..."





Construção: Circuito para os interruptores

(a partir de um teclado de computador!)










Já a funcionar o primeiro interruptor!!! ;)





Ensaios: Teste de Possibilidades

Testemunhos dos dias 10 e 11 de Novembro...